quarta-feira, 23 de abril de 2008

QUE SACOO !!!!!!!!!

O caso Isabella já está enchendo o saco. Dureza? Grosseria de minha parte? Insensibilidade minha? Nada disso. É a verdade nua e crua. Depois do caso João Hélio, quando a crueldade foi muito maior e mais prolongada, as emissoras de tevê perceberam que assassinatos de crianças da classe média rendem audiência e passaram a faturar em cima do assunto.Se não é isso, por quê então o "Fantástico" dividiu a entrevista com o pai da garota, em duas partes ? Pura e simplesmente para faturar mais e mais depressa. O Datena, Datena, Datena, fez intervalos, intervalos, intervalos, para repetir, repetir, repetir, fatos mais que repisados no assunto. Motivo? Publicidade daquela maravilhosa câmera que filma, fotografa, grava, verifica a pressão, faz sanduíches, serve cafezinho, baixa músicas, permite oitocentos minutos de gravação de voz e custa apenas trezentas prestações de não sei quantos reais financiados pelo Banco Do Brasil.

As outras emissoras perceberam o potencial financeiro e acompanharam a líder de audiência. Querem também faturar em cima e ficam repetindo o dia todo o caso como se realmente houvesse alguma novidade. Porém NÃO EXISTEM NOVIDADES. Eles fingem que tem para render o assunto o máximo possível e faturar em cima do pobre cadaverzinho.

Se Isabella fosse uma negrinha da favela, uma pobre coitadinha da classe D, o assunto nem ao menos teria sido noticiado na tv. Ou teria sido mencionado "Au passant" se sobrasse 1 minuto vago em algum noticiário. Mais ela, Isabella, era neta de advogado. Era filha de uma classe média. Era enteada de uma moça da classe média. Por isso o potencial dela é bom pra render muito assunto e conseguir boa audiência. Afinal de contas o Brasil é quase todo habitado por gente da classe média. Por isso as tvs estão fingindo de comum acordo,que esse é um caso misterioso. Um caso que exige um Hercules Poirot da Agatha Cristie para desvendá-lo. Tudo em nome do faturamento, Desavergonhadamente. Ou Isabella Nardoni a única criança assassinada em nosso país nos últimos trinta dias?

Daqui a pouco descobrirão que o porteiro do prédio, na falta do mordomo, foi o culpado. Ele teria visto, pelo circuito interno, que Alexandre Nardoni deixou a filha sozinha, foi até a garagem buscar o restante de sua enorme família, calculou que daria tempo de se divertir, arrombou a porta do apartamento, matou a menina por sufocamento, jogou-a da janela do sexto andar e voltou correndo para a portaria com cara de inocente.

Como qualquer pessoa que tenha sensibilidade e que saiba dar o devido valor à vida humana, senti imensamente o assassinato da infeliz garotinha, da indefesa menina, mas, sinceramente, acho que as tvs ainda não se tocaram que já ultrapassaram todos os limites da paciência humana. Pela manhã, à tarde, à noite, o assunto é Isabella. E o terceiro mandato de Lula? Será que enquanto isso ele não está sendo engendrado lá no covil dos..., digo, lá no Senado?

Tal tática era usada pelos Césares há muitos séculos atrás.

terça-feira, 22 de abril de 2008

E aí, como foi o feriado?

O primeiro dia depois do feriado é sempre, no mínimo, curioso. O sujeito chega ao trabalho e de cara ouve a pergunte culminante: “E aí, como foi o feriadão?”. Será que as pessoas não percebem que esse tipo de pergunta é evasiva? E se o feriado foi um desastre? Tenho que compartilhar tudo que me aconteceu? E se foi bom, sou obrigado a falar de todas as minhas emoções? A questão aqui não é ser mal educado ao ponto de não responder a uma singela pergunta do colega, mas a de ter liberdade de guardar para si os acontecimentos do seu final de semana. Quando este tipo de pergunta lhe atinge, querendo ou não, você se sente na obrigação de redargüir. Se optar em falar um simples “não lhe interessa”, será taxado de grossa.

Possível diálogo fútil 1:

- Oi, Roberto!
- Oi, Carla.
- Ai, nem te conto, meu feriadão foi muito bom! Tenho várias novidades! Sabe o teu amigo... Aquele...
- O Beto?
- Isso, o Betinho...
- Aí, achei ele um gato, sabe. Encontrei com ele sábado lá no clube...
- E daí?
- E daí que ele pediu meu telefone, e marcamos de sair no próximo final de semana!
- Que interessante...
- O que é interessante?
- Essa tua felicidade por causa do Beto.
- Vocês brigaram?
- Claro que não, ele é meu melhor amigo.
- Você ta estranho, como foi teu feriadão?
- Não lhe interessa.
- Ui! Grosso! Deita e acorda de novo, bicho do mato!

Nesta situação, Roberto ficou de antipático, só porque ele não quis comentar sobre seu feriadão. Mas onde está escrito que ele deve contar sobre seus acontecimentos de final de semana? O “não lhe interessa” é um direito que possui. Não poderia ser chamado de grosso ou “bicho do mato”, no entanto, isso ocorre corriqueiramente.

Por outro lado, há aqueles que são mais pacientes e acabam respondendo de forma resumida.

Possível diálogo fútil 2:

- Bom dia, Renata!
- Olá, Afonso!
- Tudo bem?
- Tudo. E com você?
- Tudo ótimo, meu feriado bombou!
- Ah, que bom...
- E o teu como foi?

(uma breve pausa)

- Ah... Sem grandes emoções... Foi normal.

(teu colega pode ser daqueles chatos que insistem, neste caso, o diálogo vai mais além).

- E esse normal é bom?
- Ai, normal é normal. Nem bom nem ruim.
- Ah, mas não tem nenhuma novidade mesmo?

(Agora a paciência está chegando ao fim)

- Não.
- Você não parece ser uma mulher de poucas novidades, tenho certeza que andou beijando neste findi. (O cara é realmente chato e quer dar uma de ‘amiga’, ou galanteador).

(o fim da paciência)

- Ai, Afonso! Não começa! Se eu tivesse alguma novidade eu te contaria, ok?
- Tudo bem.

Aqui, Renata possivelmente passará a imagem da mulher na TPM, ou a mulher sem sexo. Quando, na verdade, ela pode fazer sexo três vezes por semana e ter saído da TPM há 72 horas. Todavia, ela tem a livre escolha de não expor nada sobre seu feriadão. Por que isso é tão difícil de entender?

O terceiro e último possível diálogo, seria aquele em que ambos acabam conversando sobre o que fizeram no feriadão. Na prática, sabemos que isso não é uma verdade completa, embora seja comum ocorrer. Não se sabe ao certo se os dois possíveis interlocutores estão com vontade de contar suas novidades, eles podem as compartilhar por inúmeras hipóteses: precisam de um conselho; querem desabafar com o primeiro ser que encontrarem; desejam demonstrar uma falsa simpatia ao perguntar algo que não necessita ser perguntado, ou responder algo que não custa rebater ao infeliz que perguntou.

Por mais que este assunto lhe soe estranho ou fora de questão, ele é real. Hoje, ao chegar a sua escola, a sua faculdade ou ao seu emprego, com certeza lhe perguntaram sobre o feriadão.

As pessoas têm que entender que há dias em que você não quer falar sobre seus acontecimentos. Porém, há também os dias em que você não quer parar de recitá-los verbalmente. O que deve ser exercitado é o bom senso, o olho crítico e observador. Antes de perguntar alguma coisa a alguém, preste atenção na situação, no lugar e no momento, só depois pergunte. Você não pode adivinhar que tal fulano não quer falar, mas pode tentar entender o porquê do fulano estar quieto. E para isso, não necessitamos indagar. Devemos apenas ser mais cautelosos, não só com os outros, mas com nós mesmos.

O mais perpetuante ou hipócrita disso tudo, é que eu sou uma das pessoas que pergunto sobre as novidades do feriadão. Mais não pertenço àquele grupo que contam suas novidades aos curiosos que perguntam.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Ao meu anjo da guarda

Olá anjo meuQuanto tempo que estivemos afastados, lembro que era já um pouco crescida quando eu te esqueci, talvez por varios motivos, um larguei as minhas bonecas e não podias mais brincar comigo. Outro deixei de pedir conselhos pensando que era muito crescida para isso, senti a tua tristeza e a tua saudade mas a ignorei com o tempo sem importar de ter magoado.Quando crescemos pensamos que não dependemos de ninguém, já caminhamos sozinhos, sentimos muito crescidos e totalmente independentes dos outros, engano meu que cruel engano meu...Lembro ainda das nossas conversas, do que ria-mos os dois, dos teus conselhos que entravam direito no coração, somente tu tinhas o dom da palavra e confortavas quando eu chorava pelas minhas asneiras e explicavas que tinha sido menina mal comportada.Eras tu que me enxugavas as minhas lágrimas, fazias eu sorrir com as tuas histórias de anjos e suas tropelias, aquele teu abraço cheio de luz e amor, que somente tu sabias dar, agora sinto a saudade bem apertada no meu peito.Meu Deus quanto eu daria para poder sentir-te de novo ao meu lado, sentir o teu calor e todo aquele amor que me fazia a criança mais feliz do mundo, escutar as tuas histórias que me explicavam o bem e o mal, sempre eu sabia como caminhar e olha para mim hoje...Hoje sinto a falta de ti dos teus conselhos, talvez tenha seguido por trilhos da vida pouco seguros mas sei que estavas a observar e pronto ajudar caso eu caisse mas será que merecia essa tua ajuda? Talvez sim ou não pois te esqueci.Hoje mergulhei no meu passado, tirei fora da minha janela, a desilusão e lembrei de ti somente na minha tristeza, e te encontrei bem escondido no fundo do meu baú, vi os desenhos que ajudaste a desenhar, os poemas que me ajudaste a escrever e chorei triste de tanta saudade.Agora eu vou recuperar a tua amizade, pedir a Deus que envie a ti para bem junto de mim, deixar matar a minha saudade e ajudares a ser mais um pouco feliz.Antes de ir dormir eu te vou chamar, para dares um beijo em minha testa, sentir a brisa de Deus em minha vida com a oração que meu coração vai ofertar.Boa noite meu anjo da guarda....

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Tentando ser Eu

Penso que ela espera algo de mim, mas não sei bem o que é.Ela exigi coisas estranhas, exigi que eu seja a mais bela das mulheres, a mais inteligente, a mais capaz.Não quero ouvi-la, quero ser aquela menininha frágil, aquela com vestidinhos simples a espera do tempo. Não quero deturpar meus valores para que ela me aceite.Não quero deixar para depois minhas lágrimas, porque ela exigi meus sorrisos.Não quero fazer plásticas, porque pra ela a velhice é inaceitável.Não quero vestir as melhores roupas, porque pra ela, aparência é fundamental.Ela faz parte da minha vida, influência nas minhas decisões, às vezes decidi por mim, não porque sou fraca, mas porque diversas vezes ela é mais forte que eu.Eu faço parte dela, ela, faz parte de mim.Fico a pensar... o que será de mim?
"Sociedade!"

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Em Processo de Aprendizado

Existem verdades e verdades... mas será que existe uma verdade absoluta? Vai saber...Na minha opinião, verdade, é aquela que funciona para você em determinada situação ou circunstância. O que hoje nos parece ser certo do ponto de vista moral, pode não o ser, se visto por uma outra ótica. Como saber a diferença então? Bem... não sei responder. Acertar é o objetivo, mas errar, também faz parte do processo de aprendizado. Quem esquece os seus erros, está fadado a repeti-los. Errar é preciso. Errar é necessário. Sem o erro, não há crescimento ou experiência acumulada. Escolher entre o certo e o errado, é um ato de Fé, uma questão moral e de difícil interpretação. E as conseqüências dessa decisão (sejam boas ou más), lhe acompanharão por muito tempo. Portanto, procure tomar as suas decisões ciente de como ela irá afetar a sua vida e as vidas daqueles que estão ao seu redor. Dê os seus passos sem ter medo de cair... cair, é só mais um passo da caminhada... essa longa caminhada feita de decisões que podem mudar tudo no espaço de um nano segundo. Quando se percebe que errar não é só falhar, mas também tentar, perde-se o medo de prosseguir. A criação não nos fez perfeitos... por isso, temos a chance de evoluir... de aprender com os nossos erros. Um velho ditado popular diz que “A voz do povo, é a voz de Deus”. O que me faz lembrar de outro ditado igualmente popular: “Errar, é humano”.

É...

A humanidade devia se ouvir mais as vezes.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Amigo

Quisera ser escritor e deixar aqui palavras que entrassem por você e chegassem a seu coração.Mas, mesmo sem o ser, vou redigir algo que, penso eu, o fará refletir sobre o acontecido.
Amigo a gente não acha perdido na rua, ou não vem embalado pra presente e nem tão pouco o compramos. Nem, também, são prêmios que ganhamos por bom merecimento.Amigos são partes de nós que conquistamos ao longo de nossa jornada.Muitos se largam, se desconhecem, se odeiam. Mas estes não são considerados amigos, embora muitas vezes possam até ser irmãos. Vejo nossa caminhada por bons kilometros, juntos e amigos. Fica difícil entender o que fez com que você saísse de meu caminho, ou que permitisse que eu saísse pelos atalhos. Se errei em algum ponto, me faça retornar e seguir na mesma direção que você. Mesmo que queira seguir sozinho, deixe-me acompanha-lo em seus passos, pois, amigos verdadeiros, mesmo que não estejam presentes, fazem parte de nós mesmos e podem nos cuidar quando corremos perigo, ou estamos em apuros, ou, simplesmente queremos uma mão pra segurar.
Não quero julgar seus atos e entender que está sendo leviano ou deixando de amar-me. Não acredito que uma pessoa maravilhosa como você, possa agir dessa forma por si só. Talvez levado por outras pessoas, ou deixando de ouvir seu coração. Mas não você, esse ser que aprendi a amar como meu irmão. Deixo em suas mãos a decisão, de qual caminho quer seguir, mas saiba que, mesmo que escolha ir adiante e sozinho, levará consigo o que há de mais precioso pra mim. Minha amizade e parte de meu coração. Só não o dou inteiro porque, no tempo em que ficar esperando sua volta, vou usar essa parte que restou, para amar ainda mais você.
Pra você que é tão especial em Minha Vida!!!

domingo, 6 de abril de 2008

Anjo isabella

Tudo, absolutamente tudo ficou pequeno quando soubemos do possível envolvimento do pai e da madrasta com a morte da pequena Isabella.Nem mesmo Suzane Louise von Richthofen que cometeu os crimes de matricídio e parricídio, pessoas que a trouxeram à vida, supera um pai matando uma filha, uma garotinha de cinco anos de idade, talvez a mais bonita realização de um homem...Compreender essa tragédia é como tentar compreender Deus... É impossível, vai além da nossa capacidade cognitiva.
Ao vermos a noticia temos o enorme desejo de tudo não passe de mera fantasia de todos os cidadãos brasileiros...Que aquilo realmente não está acontecendo e que logo a policia revelará um terrível engano e que a garotinha aparecerá linda em sua bicicleta..Sorridente...Afinal é tudo uma enorme contradição...O homem que a defenderia, que daria tudo o que ela precisasse para se tornar uma bela mulher dotada de um espírito grandioso a mata, tira a possibilidade de vida e a nossa crença em um mundo melhor.
Mas não...Tudo é real, e junto com ela morre a esperança de todos nós de que o amor seria a "força motriz" que resgataria os outros sentimentos e valores hoje esquecidos em um mundo tão cruel.
O amor morreu como Isa, atirado de uma janela do sexto andar de um prédio e esmagado com o choque da realidade...Nosso sentimento maior vai além de responder os "porquês" e "quem", mas revela nossa incapacidade de sermos humanos e de dispor dos mais belos sentimentos.O que nos resta agora?Se o maior amor, o de pai para filha, foi brutalmente assassinado, o que a humanidade é capaz de fazer?O que seremos daqui a diante?
Esperamos justiça e pedimos a Deus que o pai seja inocente pois não conseguiríamos viver com isso e que nossa pequena esteja bem.

Meu novo mundo

Acabei de criar um mundo próprio, só meu, nele vivo feliz nele me tornei rainha.Proibi sofrimentos, acabei com as fábricas de lágrimas, expulsei de meu reinado o que restava da saudade.
Nem pensar em solidão, aqui existe vida em abundância e sem ficção, as canções são entoadas por arcanjos que despencam da imensidão.As flores deste meu mundo, são cultivadas com amor, não se permite destruir botão em flor, e por certo, o perfume que exalam é uma forma de gratidão.
O cantar dos pássaros, embelezam meu torrão, verdadeiro presente dos céus para o meu coração.Os rios que cruzam toda a extensão da minha vida são turbulentos, e por onde passam, apenas espelham a lua e as estrelas do firmamento.
Este é o meu novo mundo, desconhecido de todos, sem estranhos dialectos, sem mágoas, sem desafectos, sem palavras sufocadas, nem escondidas no tempo.
Meu velho mundo http://www.mari_gabizinha.uniblog.com.br/